Ribeira da Barca: População pede selagem “urgente e definitiva” da lixeira municipal de Achada Santa Catarina
| Manifestação População de RB/Lixeira |
Os revoltosos, oriundos também de Charco e Ribeira em Cima, consideram que a lixeira constitui um “atentado à saúde “, daí a indignação, visando demonstrar às autoridades, mormente à câmara municipal, que estão descontentes com tal situação que vem alastrando há vários anos.
A população questiona o facto de a lixeira não ter sido ainda selada, uma vez que o aterro sanitário intermunicipal de Santiago já foi inaugurado.
Os populares pedem, por isso, a intervenção do Governo, por entenderem que se trata de uma situação de “emergência”.
A lixeira, que fica situada perto do cemitério local, segundo dizem os moradores, tem causado problemas quando realizam funerais, o que nada dignifica os seus mortos, desabafando que até já voltaram para casa com os mortos, por causa do acúmulo do lixo na via de acesso.
Patrício Moreira, mentor da iniciativa, disse que pretendem com esta manifestação “pacífica” mostrar às autoridades que a população de Ribeira da Barca e arredores está ciente dos problemas que o lixo vem causando, tanto para a saúde das pessoas, como para os animais e as culturas.
A questão da lixeira municipal é vista pela comunidade local como sendo uma emergência, constituindo, segundo defendem os moradores, um “atentado à saúde pública.
Se não for possível à autarquia local tomar medidas urgentes, que deverão culminar com a selagem definitiva da lixeira, a população aconselha às autoridades a criarem condições para que o lixo não invada a comunidade e que não se faça queimadas.
Segundo o mentor da manifestação, a instalação da lixeira municipal vem denegrindo a imagem da localidade, uma vez que passou a ser conotada como a “localidade de lixo”, contribuindo para que as pessoas com capacidades financeiras abandonassem a zona e irem construir as suas casas e outros investimentos em outras paragens.
Por outro lado, os agricultores e os criadores de gado de Charco e Ribeira em Cima sustentaram que a instalação da lixeira fez surgir novas pragas que vêm afectando as suas culturas, principalmente as fruteiras, contaminando as nascentes, prejudicando, por via disso, os pastos, com a com a queimada do lixo.
A população da Ribeira da Barca critica ainda o facto de a edilidade santa-carinense autorizar outros concelhos a depositarem o lixo naquela estrumeira.
Os residentes estão contra ainda à decisão camarária de demandar os camiões a derramarem os resíduos líquidos de esgotos ao redor, provocando um cheiro nauseabundo.
Estranham, igualmente, o facto de terem enviado uma carta à edilidade e à Esquadra da Polícia Nacional denunciando a situação e de não terem sido ainda chamados e, muito menos, contaram com a presença de agentes da PN para garantirem a segurança, caso o camião de lixo tivesse ido hoje a lixeira.
Tendo em conta a “passividade das autoridades”, os moradores admitem a possibilidade de convocação de uma nova manifestação, mais “activa”, anunciando que caso a situação não for resolvida, vão interditar o acesso à lixeira e, em último caso, “levar o lixo de volta para a Cidade de Assomada”.
Contactado pela Inforpress, a Câmara Municipal de Santa Catarina, através do vereador do Ambiente e Saneamento, Vladmir Brito, reconheceu a preocupação da população, assegurando que a questão da lixeira, também, constitui uma inquietação da edilidade.
Nesse sentido, fez saber o orçamento deste ano já contempla um montante que permitir resolver a situação da lixeira de Achada Santa Catarina, que passa pela retida dos lixos mais perigosos, fazer uma pequena selagem e criar uma área de arborização.
O autarca disse que todo processo vai estar concluído, por fase, durante 2018, e não de imediato.
“A selagem definitiva da lixeira vai depender da entrada em funcionamento do aterro sanitário intermunicipal de Santiago”, enfatizou.
Fonte: Inforpress
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